Todos os holofotes estão voltados para o leste, na direção da Ucrânia e Rússia. À medida que os soldados do presidente russo avançam em direção a Kiev, os mercados estão ficando sem ar. Visão geral do impacto do conflito russo-ucraniano nos mercados financeiros.
Flashback: por que a Rússia está atacando a Ucrânia?
No final de novembro de 2021, os Estados Unidos e a OTAN observaram atividade militar russa incomum na fronteira ucraniana. Sim, porque se o país de Volodymyr Zelensky convive desde 2014 com os militares russos, ver uma frota de milhares de soldados chegando é questionável.
Depois de receber ameaças de sanções, a Rússia negou qualquer invasão e acusou a OTAN de ameaçar sua segurança. Por sua vez, a Ucrânia culpa Moscou por desestabilizar o país e buscar um pretexto para cruzar suas fronteiras.
Apesar das inúmeras tentativas de negociações com Joe Biden e a OTAN para acalmar as coisas, Vladimir Putin mantém suas armas e aumenta sua milícia na fronteira. O que ele está pedindo? A não ampliação da Organização do Tratado do Atlântico Norte para a Ucrânia e a Geórgia, bem como a retirada de forças e armamentos dos países do Leste Europeu que aderiram à OTAN depois de 1997.
Que resultado possível para este conflito entre a Rússia e Ucrânia?
O mundo se apega às decisões do presidente russo e as manchetes da mídia sobre uma potencial Guerra Mundial são abundantes. Após várias esperanças de um acordo, em particular a organização de uma cúpula entre Joe Biden e Vladimir Poutine soprada por Emmanuel Macron, a Rússia ainda deu o GO aos seus exércitos.
Na noite de 23 de fevereiro de 2022, os dois países entraram oficialmente em guerra. Ao mesmo tempo, na ausência de apoio militar em território ucraniano, muitos países estão se unindo para combater Moscou. No topo da lista de medidas americanas ou europeias: acesso aos mercados financeiros limitado ou até mesmo retirado.
Os mercados financeiros podem ser impactados por esse conflito?
Alerta de spoiler, já é! Este conflito geopolítico está virando a cabeça das bolsas mundiais, já bastante queimadas pelo atual contexto econômico (inflação, política monetária e crise sanitária).
Consequentemente, os mercados abrem em negativo e certos preços sobem como o preço do barril de petróleo que está sendo negociado a quase US$ 100. Inédito por quase 8 anos. Deve-se dizer que o centro financeiro joga grande! Porque não podemos esquecer que estes dois países da antiga URSS são o berço do gás e de certas matérias-primas. Este conflito pode gerar escassez e, consequentemente, um aumento nos preços de determinados produtos, como o trigo, por exemplo.
A influência de conflitos geopolíticos no mercado de ações é normal?
De qualquer forma, não é incomum! A eleição de Donald Trump ou o anúncio do Brexit realmente abalou os mercados. Para dar um exemplo, a saída dos britânicos da Europa literalmente fez com que as bolsas mundiais despencassem. Na altura, o CAC 40 abriu a -10%, o mesmo para Madrid, Frankfurt, Tóquio e Wall Street.
Quais riscos de mercado? Como você deve reagir como investidor?
Historicamente, esses eventos têm um impacto transitório nos mercados financeiros.
Mesmo que nesta batalha entre a Ucrânia e Rússia as apostas sejam de outra escala, a melhor estratégia a adotar é a seguinte:
- Esteja ciente de que essa situação de incerteza e forte nervosismo do mercado pode perdurar. Então você tem que ter paciência e esperar a tempestade passar.
- Fique em dia com sua estratégia de investimento e horizonte de investimento.
- Não ceda ao pânico ou, inversamente, exagere.
- Lembre-se de que as flutuações do mercado não são incomuns, mesmo no contexto de um conflito geopolítico excepcional como o da Rússia e da Ucrânia.
- Diversifique seus investimentos. Uma maneira simples de lidar com esse tipo de situação e iniciar a descida em caso de quedas fortes.