As ações ELET3 e ELET6, dispararam após o Senado aprovar a Medida Provisória que permite a privatização da Eletrobrás em uma votação acirrada, por 42 votos favor ante 37 contra.
A decisão agora volta à Câmara dos Deputados.
Ele precisa ser aprovado pelo Congresso Nacional até 22 de junho, ou perde a validade.
A Eletrobrás é uma sociedade de economia mista e de capital aberto sob controle acionário do Governo Federal brasileiro e atua como uma holding, dividida em geração, transmissão e distribuição, criada em 1962 para coordenar todas as empresas do setor elétrico.
Por que a privatização a Eletrobrás?
A alegação é que a iniciativa privada seria mais eficiente do que o setor público. Em tese, a privatização protegeria a empresa de corrupção, embora a Eletrobrás tenha toda uma estrutura voltada à transparência e gestão.
Outro motivo é atrair bilhões de reais para o caixa da empresa e recuperar a sua capacidade de investimento ao longo do tempo.
A privatização da Eletrobrás pode fazer a tarifa de energia aumentar em até 10% para os consumidores e 20% para a indústria.
A ELET3 é negociada no Mercado Bovespa desde 01 de Setembro de 1983, a ELET3 pertence à lista de ativos do Nível 1 da B3. Por ser uma ação estatal, assim como Petrobras e Vale, o medo de interferências politicas e governamentais por vezes assombram os investidores.
Os especialistas elevaram a recomendação para as ações da Eletrobrás (ELET3; ELET6) para compra após avaliarem uma chance de 100% para a privatização da estatal após a aprovação da Medida Provisória pelo Senado.
Depois de uma forte queda de cerca de 3% dos ativos ELET3 e ELET6 na véspera em meio às incertezas sobre a aprovação, a sessão desta sexta-feira (18) é de ganhos para os papéis.
Às 12h22 (horário de Brasília), os papéis ELET3 subiam 6,33%, a R$ 46,37, enquanto ELET6 avançava 6,59%, a R$ 46,13; na máxima do dia, a alta foi de cerca de 10%.
O modelo de privatização prevê a emissão de novas ações a serem vendidas no mercado sem a participação da empresa, resultando na perda do controle acionário de voto mantido atualmente pela União.
A projeção é de que o governo reduzirá sua fatia nas ações com direito a voto de 61% para 45%. O aumento do capital social da empresa será por meio da oferta pública de ações.