Afinal de contas, por que a bolsa cai?
Acompanhando as notícias de economia, verificamos constantemente as seguintes frases: “a bolsa caiu” ou “a bolsa subiu”, “a bolsa fechou em alta ou em baixa”.
Mas, o que isso significa e qual impacto essas subidas e descidas têm na vida dos investidores?
Primeiro de tudo, vamos lembrar que dentro da bolsa de valores negociamos ativos de renda variável. Sejam ações de sociedades de capital aberto (públicas ou privadas), Fundos Imobiliários, BDRs e etc; esses são ativos que podem variar conforme as ofertas de compra e venda dentro da bolsa.
O que é bolsa de valores?
A bolsa de valores é o ambiente em que são negociados valores mobiliários como ações, contratos de produtos como câmbio e juros, além de títulos.
No Brasil, a principal bolsa é a B3. Com sede em São Paulo, ela nasceu da união de três empresas do mercado: BM&F, Bovespa e CETIP. O nome é abreviação para Brasil, Bolsa, Balcão.
A maioria das operações da bolsa brasileira pode ser realizada das 10h da manhã até 17h55. O mercado funciona de segunda a sexta-feira, exceto em feriados nacionais e feriados do município de São Paulo, onde fica a B3.
Para operar dentro da bolsa de valores é necessário ter acesso a um Home Broker. Esse sistema é disponibilizado através da contratação dos serviços de uma corretora de valores.
É através dele que o investidor tem acesso a “vitrine” de ofertas disponíveis. Esse dispositivo pode parecer bem confuso no começo, pois apresenta vários dados e gráficos, como naquelas telas que costumamos ver em filmes.
Cada ativo de investimento possui um código de identificação, chamado de ticker.
Como a bolsa sobe ou desce?
O ativo mais negociado dentro da bolsa são as ações. Uma ação é uma pequena parte de uma empresa: quando alguma companhia deseja levantar dinheiro, ela pode abrir seu capital, emitindo ações – fazendo de quem compra as ações, sócio da companhia.
O preço de uma ação é definido de acordo com as ofertas de compra e venda dos investidores: quanto mais pessoas se interessam em comprar uma ação, maior será seu preço e, logo, sua valorização. No caso contrário, quando muita gente quer vender, o preço cai e uma ação se desvaloriza. É a lei da oferta e demanda.
Ou seja: quando os investidores estão comprando mais determinado ativo e disposto a pagar mais por ele, os preços sobem. Se a maioria resolve vender suas posições e a oferta supera a demanda, os preços tendem a cair.
O cenário econômico e político também podem afetar tanto o mercado de uma maneira geral quanto ações de empresas específicas. Quando a economia vai bem, a bolsa de valores atrai mais investimentos e os ativos se valorizam. Se a economia vai mal, os investimentos caem e os papéis, em geral, se desvalorizam.
Outro fator que influencia a bolsa de valores é a taxa de juros. A taxa de juros mensura quanto o país paga de juros para seus investidores que emprestam dinheiro ao país. Então, quanto maior o juro pago, menos os investidores vão arriscar seu dinheiro na renda variável.
Como as quedas afetam os investidores?
Os investidores são os principais prejudicados caso haja uma queda da bolsa. Isso porque suas ações desvalorizam e faz com que acabem perdendo dinheiro caso se desesperem nesse momento.
Isso porque operar na bolsa de valores brasileira pode ser uma verdadeira montanha russa, ela é cheia de sobe e desce. Por isso o investidor precisa ter em mente que assim como poderá lucrar muito, também há o risco de perder.
O fato de não querer perder, é o que faz os investidores realmente perderem. Pois quando ocorre uma queda, ficam desesperados e vendem todas as ações, com preço abaixo do valor que compraram.
Vale a pena investir na bolsa?
A bolsa de valores é ótima opção especialmente para quem tem foco no longo prazo e investe apenas nas empresas com bons fundamentos (em expansão, com baixo índice de endividamento, boa margem de lucro, entre outras varáveis da análise fundamentalista).
Lembrando que investimentos na bolsa de valores são seguros, desde que sejam feitos em uma instituição devidamente autorizada pelas autoridades financeiras (Banco Central e Comissão de Valores Monetários).
Antes de começar a investir na bolsa, tenha sua reserva de emergência, contrate uma corretora regularizada e estude muito sobre o mercado. Entender que operar na bolsa nem sempre será que ganho então esteja preparado para possíveis imprevistos.