A Oi (OIBR3,OIBR4) informou na sexta feira que irá adiar a divulgação dos resultados do trimestre do dia 29/03 para o dia 27/04.
A empresa informou que a decisão veio da dificuldade dos movimentos de venda de ativos da empresa que está em recuperação judicial.
A segregação de ativos das SPEs de Ativos Móveis vendidas pela operadora está sendo mais complexa do que realmente parecia e a empresa precisou de mais tempo para mostrar dados corretos e completos.
Completos porque ela deixou alguns dados preliminares para os investidores e talvez os números não estão condizente com o que os investidores mais otimistas esperavam.
A receita líquida preliminar atingiu R$4,5 bilhões e ficou 4,1% abaixo do mesmo período do ano anterior, 2021.
O EBITDA cresceu, mas não aquilo tudo. Ao fechar em R$1,4 bilhões, teve uma diferença de 1,6% para o ano anterior.
O caixa da empresa continua sofrendo com as dívidas e o fluxo negativo. Passou de R$4,5 bilhões para R$3,2, reduzindo mais de 25%.
A situação complexa da OIBR3, OIBR4
Não é de hoje que a empresa vem realizando movimentos em busca da saída da recuperação judicial.
Segundo Jusbrasil, a recuperação judicial é o processo que tem por finalidade sanear a situação de crise da empresa. Através dele a recuperanda busca a todo custo a continuidade das suas atividades, mantendo aquela fonte produtiva e buscando cumprir as obrigações junto aos credores de maneira facilitada.
É um processo complexo e lento, onde a empresa recebe algum período para se recuperar e praticamente avisa aos seus credores que está procurando se organizar financeiramente para quitar as dívidas e voltar à atividade normal.
O caso da Oi não é tão simples e talvez a empresa não consiga se sair bem ao final do processo, mas mesmo assim vários investidores acreditam no case e continuam mantendo posições no negócio.
A OIBR é uma das empresas com mais sócios pessoa física na bolsa de valores brasileira.