O mercado financeiro conecta operadoras que possuem superávit de recursos financeiros com operadoras que, ao contrário, estão em déficit e precisam de recursos. Neste artigo, vamos tratar chamado “sell side”, ou seja, aquelas instituições que estão do lado oposto, no que diz respeito aos investidores institucionais (e individuais).
A definição de “sell side” geralmente se refere às instituições que atuam como intermediários puros, criando aqueles instrumentos nos quais os investimentos do lado da compra são concentrados.
O lado da venda lida com a fase de originação das ações e obrigações, e depois com a sua colocação inicial e, finalmente, com a assistência na fase de negociação nos mercados secundários dos instrumentos individuais.
As chamadas redes de corretagem também fazem parte do sell side, que na verdade são vendedores. Convém precisar que a corretagem nos países anglo-saxões se destina sobretudo à colocação de ações e títulos individuais a investidores individuais ou de varejo.
As atividades das empresas que operam no sell side do mercado financeiro são, como se entende, semelhantes às dos operadores em qualquer outro setor de produtos não financeiros, incluindo também outros tipos de atividades. Entre as quais se destacam as operações de M&A, fusões e aquisições.
Referências sobre o sell-side
A fim de fornecer alguns pontos de referência em termos de volumes, veja abaixo uma passagem que relata alguns dados relativos ao crescimento das atividades de M&A em um período particularmente significativo da história recente dos mercados financeiros (1990 – 2010).
O volume total em dólares (medido pelo valor da transação) de fusões e aquisições domésticas aumentou de menos de US$ 200 bilhões em 1990 para US$ 1,83 trilhão em 2000.
ssa onda de fusões não se restringiu aos Estados Unidos. Por exemplo, em 2000 havia mais de 36.700 negócios de fusões e aquisições em todo o mundo, avaliados em mais de US$ 3,49 trilhões.
No entanto, refletindo a desaceleração da economia dos EUA, as transações de M&A caíram 53% em 2001, para US$ 819 bilhões em apenas 7.525 negócios (a primeira vez desde 1995 houve menos de 10.000 negócios). Da mesma forma, as fusões e aquisições mundiais caíram para US$ 1,74 trilhão em 2001.
A atividade doméstica de fusões e aquisições chegou a US$ 458 bilhões em 2002 (enquanto a atividade mundial caiu para US$ 1,20 trilhão) antes de se recuperar (junto com a economia), chegando a US$ 1,71 trilhão no Estados Unidos (e US$ 4,01 trilhões em todo o mundo) em 2007.
Durante a crise financeira, a atividade doméstica de M&A caiu para US$ 924 bilhões, US$ 713 bilhões e US$ 452 bilhões em 2008, 2009 e (janeiro a setembro) de 2010, respectivamente, enquanto as M&A mundiais caíram para US$ 2,85 trilhões, US$ 1,70 trilhão e US$ 1,28 trilhões, respectivamente.
Observe que, embora esse período tenha incluído a pior crise financeira desde a Grande Depressão, a atividade de fusões e aquisições permaneceu em níveis mais elevados do que os experimentados no início dos anos 2000.