Segundo dados da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) a SmartFit levantou 2,3 bilhões em IPO realizada ontem (12). Uma das maiores redes de academias da América Latina pretende crescer ainda mais com os valores arrecadados.
O sonho do IPO já é antigo para a empresa. Em 2018, a SmartFit planejava abrir capital, mas desistiu citando como justificativas condições desfavoráveis do mercado. Porém, durante a pandemia a procura pelos serviços cresceu e fortaleceu a empresa.
Hoje a rede já conta com 509 academias no Brasil, 184 no México e 206 estão distribuídas entre Colômbia, Chile, Peru, Panamá, Costa Rica, Argentina, Paraguai, El Salvador, Equador, Guatemala e República Dominicana. O número de clientes também impressiona: eram 2,4 milhões de usuários ativos até o fim de março, o que coloca a rede como a quarta maior do mundo no segmento e a maior da América Latina.
Apesar do grande potencial de crescimento, é importante enfatizar que sempre há os prós e contras em um investimento e tudo precisa ser avaliado. Atualmente um dos sócios da empresa vem sofrendo um processo. Edgard Corona foi citado na investigação do Supremo Tribunal Federal sobre o disparo de fake news em redes sociais. Também, há uma disputa da Smart Fit com Adalberto Cléber Valadão e seu filho em um processo envolvendo a ADV Esporte, braço da empresa em Brasília responsável por 8% do faturamento total da rede.
A companhia ainda tem um problema de endividamento. No primeiro trimestre, a empresa reportou R$ 1,2 bilhão em caixa e uma dívida bruta total de R$ 2,8 bilhões.
Outro fator que pode preocupar é a velocidade da retomada econômica no Brasil. Apesar de manter a filosofia de “alto valor e baixo custo”, a Smart Fit precisa de um cenário favorável para manter seus clientes e conquistar outros consumidores.
A partir desta quarta, 100 milhões de ações da SmartFit estão listadas na B3. As ações vão ser vendidas a R$ 23 cada. Especialistas estão otimistas com o futuro desses papéis.
E você, tem interesse nas ações da Smart?