Diz-se que a arte não tem preço, mas as obras de arte, e em particular as pinturas e esculturas, são hoje um dos investimentos financeiros mais dinâmicos e rentáveis! Que tal pararmos de tomar os velhos ditados como verdades absolutas? Vamos investir em arte?
O mercado da arte
Há quase 20 anos, o mercado de arte vem se expandindo, mas também mudando. Internacionalmente, está avaliado em mais de US$ 50 bilhões (em volume de transações conhecido). Não é à toa que cada vez mais bancos e fundos de investimento estão esquadrinhando esse mercado: até foram criados fundos de investimento especializados em arte, como o Art Collection Fund!
Para se ter uma ideia, em 15 anos foram criados mais museus do que em todo o século XX. Então, você está pronto para entender por que arte e investimento estão intimamente ligados?
Investir em arte é lucrativo?
O preço das obras trocadas nas vendas públicas aumentou 90% desde os anos 2000. Nesse sentido, a arte é tão eficiente quanto os mercados financeiros. Atualmente, as obras de arte possibilitam um retorno de investimento muito interessante a longo prazo!
Segundo a Artprice, líder mundial em informação sobre o mercado de arte, é possível esperar um retorno anual superior a 10% para obras cujo valor seja superior a 100.000 euros!
Além disso, a ascensão da Internet quebrou a barreira da informação e agora você pode acessar os mesmos dados de um especialista que trabalha nesse campo há várias décadas. A quantidade de informação presente na rede sobre obras, galerias e artistas permite assim estimar o preço de uma obra de arte.
Investir em arte é um novo horizonte? Se este mercado apresenta, aparentemente, um risco limitado, é contudo necessário ter cuidado porque este mundo pouco conhecido tem as suas próprias regras que é útil conhecer e dominar.
Como investir em arte?
– Faça o máximo de pesquisa possível : o trabalho deve ser rastreável, certificado por uma galeria de arte, um especialista ou pelo próprio artista (se ainda estiver vivo). Deve ser certificado, sendo preferível que apareça em catálogos de vendas antigos.
– Recomenda-se evitar grandes formatos e comprar um artista listado : tenha muito cuidado com os modismos nesta área porque a compra de uma obra criada por um artista que está tendo uma notoriedade ocasional corre o risco de se tornar um investimento perdido.
– Tenha em mente que investir em arte clássica é menos perigoso do que investir em arte contemporânea. De fato, na linguagem do investidor, a arte clássica é uma obrigação, mais segura e moderadamente lucrativa, enquanto a arte moderna é uma ação: assumindo mais riscos, os lucros podem ser maiores.
– Defina um limite de preço, caso contrário você corre o risco de se empolgar demais durante o leilão. A rentabilidade pretendida é de 7% a 10% ao ano.
Onde comprar objetos para investir em arte?
Concretamente, seja em leilão, com uma casa de leilões, uma galeria ou online, todos os meios são bons. No entanto, cuidado com a Internet, que não permitirá que você aprecie direta e visualmente o produto antes de comprar. Se necessário, você pode passar por um especialista, que cuidará de tudo e cujos dados de contato você encontrará facilmente na Internet.
Bons motivos para investir
É um investimento alternativo, que lhe permite diversificar os seus ativos. Quando estouram as bolhas especulativas, a arte afirma-se como um verdadeiro porto seguro.
O volume de negócios do mercado de arte só está aumentando, o que reflete um aumento na atratividade das obras de arte. Hoje, as casas de leilões estão quase todas presentes na Internet, o que abre o mercado a novos clientes/players nesta área.
Desde os anos 2000, o mercado de arte vem se saindo melhor do que os índices do mercado de ações.
Relutância
As obras de arte não têm valor intrínseco. É difícil avaliar seu preço continuamente. Elas são pouco líquidos e é preciso esperar a venda destes para receber um ganho de capital: quem investe em arte só se beneficiará da rentabilidade de seu investimento no momento da venda do objeto de arte, ao contrário, por exemplo, uma pessoa que investe em ações de uma empresa e que pode receber dividendos ou revender com mais facilidade.
Cuidado com o acúmulo de custos, principalmente quando você não está familiarizado com isso porque você tem que pagar um especialista para identificar uma obra, um assessor para a compra de uma obra (que recebe uma comissão), seguro na parte da custódia de o trabalho.
É fácil ser influenciado e não deixe o medo de que um grupo de especialistas que o conhece melhor do que você dite sua conduta! Ainda mal regulamentado, o mundo da arte pode ser perigoso para um investidor leigo: vendas fictícias ou feitas com o único propósito de distorcer preços não são incomuns.
No entanto, não esqueça que uma obra de arte não é apenas um investimento, mas também um objeto agradável aos olhos. Deixe-se guiar por este prazer, por esta sensibilidade, e sobretudo por esta curiosidade que só desperta graças à contemplação da obra.