A história da Oi
Nesse artigo sobre a história da Oi, vamos mostrar como a empresa foi de líder nacional à recuperação judicial e venda dos seus ativos para as concorrentes.
Desde o início dos anos 2000 a telefonia móvel cresceu em um ritmo acelerado em todo o mundo.
No Brasil, por exemplo, a estimativa é de que existam mais celulares do que pessoas. Com cerca de 242 milhões de aparelhos, enquanto a população é de 212 milhões (2022).
Nas décadas de 80 e 90 poucas pessoas tinham condições de ter um telefone fixo em casa, devido ao alto custo.
A opção mais barata eram os telefones públicos, conhecidos como “orelhão”, que eram abastecidos com fichas ou cartões.
Com o avanço da tecnologia, os telefones foram se tornando cada vez mais acessíveis. E o telefone fixo perdendo seu espaço para os celulares.
O início da história da Oi
Conhecida anteriormente como Telemar, a história da Oi começa em 1998, com a privatização da Telebras pelo governo.
Em março de 2002, a Telemar criou a sua divisão de telefonia móvel, com o nome de Oi móvel.
Mais tarde, em 2007, os serviços seriam unificados em uma só empresa, terminando assim a marca Telemar.
Já em 2009, a empresa efetua a compra da operadora de telefonia fixa e móvel Brasil Telecom por 5,8 bilhões de reais.
Entre 2010 e 2013 aconteceria a compra e a fusão da Oi com a Portugal Telecom. Foi uma operação conturbada, gerando prejuízos e aumentando mais ainda o acúmulo de dívidas da empresa.
Dívidas, problemas de gestão e recuperação judicial
A operação problemática de compra da Portugal Telecom pela Oi terminou com a descoberta de um rombo financeiro no caixa.
A Rioforte, principal acionista da fusão entre as duas empresas, acabou não pagando um total de 1,2 bilhão de dólares em notas promissórias para a Portugal Telecom em 2014.
Por causa disso, a Oi teve que assumir o calote e diminuir a participação dos antigos acionistas.
Um ano depois, a Oi vendeu todos os ativos da empresa portuguesa.
Em meio a várias aquisições de empresas endividadas, a companhia se afundou cada vez mais em dívidas.
Além disso, a falta de sintonia entre os principais acionistas era responsável por mudanças bruscas na gestão e estratégia da empresa.
Desde a sua criação, em 1998, a Oi teve 11 presidentes diferentes.
No meio de todo esse cenário, com cerca de R $65 bilhões acumulados em dívidas, a empresa pediu recuperação judicial no ano de 2016.
O pedido foi aprovado em 2017, reestruturando a dívida, que teve seu valor reduzido em R $36 bilhões, mediante descontos, parcelamentos e troca de créditos em ações.
Em Janeiro de 2021, um consórcio formado pela Vivo, Tim e Claro arrematou os ativos da rede móvel da operadora por 16,5 bilhões de reais.
Em recuperação judicial, a empresa vendeu vários dos seus ativos, como: data centers, torres, cabos e antenas.
Hoje a Oi tem como objetivo a prestação do serviço de banda larga, se tornando uma empresa com o foco em fibra óptica e oferecer suas redes 4G e 5G para outras operadoras.