A história da JBS: de um açougue à maior do mundo
A história da JBS surge em um pequeno açougue fundado em 1953, em Anápolis, Goiás.
José Batista Sobrinho, o Zé Mineiro, montou a unidade que, inicialmente, tinha capacidade para processar cinco cabeças de gado por dia.
Em seus primeiros anos o crescimento da pequena empresa foi relativamente lento. Mas a partir da década de 90, a empresa começou um crescimento exponencial através da aquisição de várias outras companhias.
Já hoje, ela se tornou a maior processadora de carnes do mundo e, em faturamento, a maior empresa privada do Brasil. Só perdendo para a Petrobras.
Mas como uma empresa tão pequena deu um salto enorme, passando a se tornar uma líder mundial?
O início da história da JBS
A Casa de Carnes Mineira, que mais tarde se tornaria JBS, começou o seu processo de expansão durante a construção de Brasília.
Grandes construtoras e empreiteiras se instalaram com o objetivo de construir a nova capital federal.
Aproveitaram essa oportunidade para comercializar carnes para os trabalhadores dos acampamentos montados pelas construtoras.
Os três filhos de José Batista Sobrinho, José Batista Júnior, Wesley Batista e Joesley Batista, não terminaram os estudos por causa do tempo que dedicavam à empresa.
Já nos primeiros anos em Brasília, por volta de 1970, construíram dois frigoríficos, que ficaram conhecidos pelo nome de Friboi.
Nos próximos anos, a capacidade que antes era de 5 cabeças de gado processadas por dia, passaria para 120.
Expansão e ida às compras
A história da JBS, até então Friboi, começou a mudar consideravelmente nos anos 90, com uma estratégia de crescimento no mínimo diferente.
Com a chegada do Plano Real ocorria uma paridade da moeda brasileira com o dólar, valorizando o Real.
Isso causou uma queda nas exportações dos grandes frigoríficos, que perderam competitividade internacional, fazendo-os entrar em crise.
A Friboi vendia para o mercado interno, e com o aumento do poder aquisitivo do brasileiro, teve um ganho considerável.
Com dinheiro em caixa e ajuda de crédito público, os irmãos Batista foram ao mercado.
Compraram uma série de frigoríficos que estavam quase falindo, endividados e quase fechando suas operações.
“A gente pegava os frigoríficos mal das pernas, saneava e botava pra funcionar”, explicou Joesley. “Pegamos uma época boa. Os frigoríficos exportadores estavam mal e nós estávamos bem, com dinheiro em caixa.”
Com essa estratégia, em poucos anos eles já eram donos de alguns dos frigoríficos mais importantes.
Abertura de capital na bolsa – IPO da JBS
Em 2007 a JBS tornou-se a primeira no setor frigorífico a abrir seu capital na bolsa de valores, saindo da casa dos milhões para os bilhões.
Foram vendidos 20% da empresa por 800 milhões de reais.
Com esse dinheiro e ajuda financeira do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a JBS voltou às compras.
Em março do mesmo ano, foi anunciada a compra da Swift, um dos maiores frigoríficos americanos, por US $1,4 bilhão, tornando a JBS a maior empresa de alimentos de origem bovina do mundo.
Novos empreendimentos
Ao longo da história da JBS, a companhia continuou adquirindo inúmeras empresas, e não só no setor de carne bovina.
Com o crescimento acelerado, criaram uma holding que atua nas outras áreas do negócio, a J&F Investimentos. Mantendo o método de grandes aquisições, como o controle da Alpargatas por R$2,66 bilhões.