Ouvimos o tempo todo falar sobre termos da economia em mídias de informação e na prática acabamos não entendendo a economia brasileira.
Palavras como inflação, taxa Selic, Banco central entre outros. O conceito isolado de cada um é fácil de entender, mas você sabe como realmente a economia funciona?
Antes de tudo para deixar mais claro, quanto menor é a inflação, mais estável e previsível é a nossa economia.
Inflação é o fenômeno causado quando a quantidade de dinheiro circulante da população aumenta numa taxa maior do que a produção de riqueza de um país. Quando a população aumenta a quantidade de dinheiro em mãos, numa proporção maior do que o crescimento do PIB no mesmo período.
No Brasil existe um órgão chamado de CMN – Conselho Monetário Nacional. É formado por um grupo de pessoas que juntas, determinam uma meta de inflação para cada ano do nosso país.
Quem precisa buscar atingir essa meta é o Banco Central. A principal função do banco central é garantir boas estratégias para um maior crescimento da produção de riqueza brasileira, ao menor nível de inflação possível.
O Banco central possui um serie de ferramentas para manter a meta de inflação estipulada pelo CMN.
Controlar a inflação não é algo tão simples, porque as coisas são imprevisíveis. Então dependendo das circunstâncias o banco central precisa tomar um rumo diferente, ter decisões diferentes do planejado.
A primeira ferramenta do Banco Central para regular a economia são os juros. Os juros definem o custo das oportunidades com dinheiro. O custo de oportunidade é o que a gente está abrindo mão de ter ao tomar uma decisão.
No Brasil a nossa taxa de juros se chama Taxa Selic, e é o Banco Central que define a taxa.
Quando a taxa Selic cai, é um incentivo para a população fazer empréstimos e financiamentos. Porque como os bancos acompanham a taxa Selic, quando ela está mais baixa os juros do banco serão também mais baixos.
Por outro lado, as aplicações da renda fixa também desvalorizam.
Crédito acessível estimulam as pessoas a comprar, financiar. Se as pessoas consomem mais, as empresas que vendem para a população ganham mais dinheiro e com mais dinheiro em caixa, essas empresas investem mais em desenvolvimento e contratam mais pessoas, diminuindo assim a taxa de desemprego.
Assim, nessa perspectiva compensa mais investir na renda variável.
Já em cenários de alta inflação, os bancos também emprestam dinheiro a juros mais altos, tornando os empréstimos menos acessíveis. Com isso, há a redução do consumo.
Consumindo menos, empresas vendem menos produtos. Vendendo menos as empresas precisam cortar gastos, diminuindo o quadro de funcionários. Aumenta o numero de desempregados e menos pessoas capazes de consumir.
Os investidores veem baixos retornos nos seus investimentos em empresas privadas, decidindo migrar os investimentos para o setor público, pois nesse cenário a renda fixa rende mais.
Isso desestimula a produção de riqueza do país consideravelmente, pois, não há estímulos para as empresas.
Com alta taxa de desemprego e pessoas investindo em títulos públicos, fica a decisão do governo a qual medidas tomar para melhorar a situação.
Eles podem gerar créditos para as empresas que em longo prazo irão contribuir com a economia, gerando mais empregos e colocando a engrenagem novamente girar.
Porém, infelizmente a outra opção do governo acaba sendo a escolhida, pela resolução em curto prazo, que é a criação de programas sociais ofertando dinheiro fácil à população.
Neste cenário o governo acaba se sobressaindo com a população, ganhando um status de “bom” e é por isso então que a economia fica estagnada e não consegue crescer.