Cada investidor é livre para escolher em que investir suas economias e a estratégia mais recomendável normalmente é a de diversificar o investimento dividindo o valor investido entre vários instrumentos financeiros. Na terminologia do mercado financeiro, essa divisão é chamada de alocação de ativos.
Ativos são, as quantias investidas, e a alocação consiste na escolha de instrumentos financeiros para os quais canalizar essas quantias. Em suma, a alocação de ativos é a organização, a estruturação do próprio investimento.
Com um jogo de palavras, podemos dizer que a alocação de ativos consiste na escolha das classes de ativos, ou seja, por classe de ativos os canais, os instrumentos pelos quais o investimento toma forma.
Tipos de alocação e perfil do investidor
Por meio da alocação destes ativos, o investidor configura seu investimento de forma a ter a melhor gestão da carteira. Sendo assim ,o mais condizente possível com seu perfil. Portanto, com suas preferências em termos de risco e retorno.
Também pode ser classificada de acordo com o tempo que o investidor leva para colocar suas economias em bom uso. Deste ponto de vista, a alocação pode ser estratégica, tática ou dinâmica.
A alocação estratégica de ativos consiste em privilegiar instrumentos de investimento que gerem retornos a médio e longo prazo, enquanto a tática consiste em privilegiar canais que conduzam à valorização das poupanças a curto praz.
Por fim, a alocação dinâmica de ativos consiste em adaptar a carteira à volatilidade do mercado de acordo com as contingências e, portanto, é por sua natureza orientada para o curto, senão muito curto prazo.
A alocação correta de ativos é tão importante para o propósito de aproveitar ao máximo as economias quanto para motivar qualquer investimento, pois é importante escolher bem os números nos quais “apostar as fichas da roleta.”
Precisamente por refletir o perfil do investidor, tanto em termos de propensão ou aversão ao risco, quanto em termos de disponibilidade de tempo para manter suas economias comprometidas, a alocação exige que o investidor tenha uma compreensão clara do que é pretende alcançar através do investimento.
Além disso, o risco que ele está disposto a correr para atingir aquele objetivo e o tempo durante o qual ele pode sustentar o investimento e não precisa das economias assim utilizadas para atender a outras necessidades (mesmo imprevistas).
Nessa ótica, a alocação é a implementação do planejamento financeiro que deve ser realizado para que um investimento seja uma operação racional e não um mero risco. Quanto melhor o planejamento financeiro e a consequente alocação estratégica de ativos, maiores são as chances de que o investimento corra bem, conforme o pretendido.