Nesta semana, a notícia da discussão do governo sobre Acabar com o JCP afetou as ações de diversas empresas, como bancos e Ambev (ABEV3). No entanto, esta medida pode afetar outras manufaturas.
O possível fim do JCP está vinculado às medidas de arrecadação do governo já que 2023 se aproxima do fim e a meta de déficit primário zero parece distante em 2024.
Com o objetivo de reduzir os impostos PIS / Cofins e ICMS, o Ministério da Economia estuda uma proposta para acabar com os créditos tributários relacionados à renda Isso poder gerar um adicional de R$ 6 a 7 bilhões para o governo.
Segundo notícias recentes, o projeto de lei poder ser aprovado ainda este ano e entrar em vigor em 2024, o que o dissociaria do debate sobre a reforma do imposto de renda. Atualmente, as empresas têm o direito de deduzir o valor de JCP custeado de sua base de cálculo (EBIT), reduzindo assim o pagamento de impostos.
Diante da possibilidade de mudanças que possam impactar diretamente no lucro das empresas os estrategistas Fernando Ferreira e Jennie Li, estrategistas da XP, atualizaram o estudo sobre o impacto do fim do JCP nas empresas que atendem.
olhando para os dados de 2021 e 2022 para as aproximadamente 150 empresas abrangidas, vemos um impacto negativo no lucro líquido de 4-6 % em média.
Eles também apontam que os setores mais afetados pelo possível fim do JCP são: Saúde, Bancário, Saúde, Varejo e Bens de Capital.
empresas mais afetadas: Ambev, Bradesco (BBDC4), BTG (BPAC11), Guararapes (GUAR3), Hypera (HYPE3), lojas Renner (LREN3), Multiplan (MULT3), Malha D‘Or (RDOR3), Sanepar (SAPR11) e Vivo (VIVT3).
Em relatório dedicado ao varejo, os analistas Danniela Eiger, Gustavo Senday e Thiago Suedt realçaram que cerca de metade de sua cobertura neste setor não está exposta por não remunerar JCP, enquanto varejistas de vestuário e drogarias são os mais expostos.