A Lojas Renner pretende se posicionar mais em produtos de entrada, ou seja, mais baratos. O endividamento da população – altíssimo, com quase 50% da classe economicamente ativa com o “nome sujo” – também gera um comportamento mais seletivo, diz Daniel Martins, CFO da empresa.
No segundo trimestre, a Lojas Renner explica que sua margem bruta caiu (de 56,1% no ano passado para 53,9% neste ano). O inverno mais ameno também impactou as vendas, com as pessoas deixando de comprar roupas pesadas. A ideia da varejista de moda, então, parece ser apostar na versatilidade.
A Lojas Renner teve fluxo de caixa livre de R$ 262,9 milhões, número consideravelmente melhor do que no mesmo período de 2022. O executivo explica que a melhora na reatividade deve até liberar capital. “Conforme a economia melhorar, conforme o consumidor recuperar o poder de compra, nós também vamos nos movimentar”, explicou o diretor.
O Realize, no balanço, apresentou prejuízo de R$ 53,7 milhões, com perdas de crédito crescendo 40,7% em relação ao mesmo período do ano anterior, para R$ 396,1 milhões. A Lojas Renner reage buscando melhorias operacionais e sendo mais seletiva na concessão de crédito em seu braço financeiro.
Os últimos relatórios da empresa vieram abaixo dos períodos anteriores, isso porque o mercado mudou e isso é natural. A própria empresa está mudando suas estratégias.