A história do Banco Inter

Nos últimos anos, o mercado brasileiro viu uma enorme ascensão dos bancos digitais.

Os empreendedores foram aos poucos perdendo o medo do desconhecido e ficando mais confortáveis com a ideia de uma instituição financeira que não tem agências físicas pela cidade.

Ao mesmo tempo, uma nova geração de empreendedores individuais, que já nasceu na era da tecnologia, aderiram muito bem à proposta das fintechs.

Com a agilidade dos autoatendimentos online, contas digitais gratuitas e serviços sem tarifa, os bancos digitais começaram a conquistar uma grande fatia de consumidores, que geralmente estão insatisfeitos com a prestação de serviço dos bancões.

E foi esta proposta que mudou a história do Banco Inter, antiga Intermedium Financeira.

A fundação do Banco Inter – Intermedium Financeira

Criada em 1994 na cidade de Belo Horizonte, a Intermedium Financeira foi fundada pela família Menin, conhecida por ser proprietária do Grupo MRV Engenharia.

Inicialmente o objetivo eram as operações de crédito imobiliário, porém a empresa se consolidou mesmo no mercado de crédito consignado e middle market. Principalmente a partir de 2007.

Nessa época, a financeira já tinha deixado de fazer parte do Grupo MRV Engenharia há alguns anos.

E em 2008 teve o primeiro marco em sua história, quando conseguiu com o Banco Central do Brasil a licença para operar como banco múltiplo.

Já em 2012, deu-se início ao Grupo Inter juntamente com a Inter Seguros. Adicionando ao portfólio da empresa uma ampla carteira de seguros.

Primeiro banco 100% digital do Brasil

Em 2014, pouco antes de se tornar presidente, João Vitor Menin, filho de Rubens Menin, teve a ideia de transformar o banco em um negócio digital.

“Apresentei o projeto no conselho e o pessoal disse que achava difícil competir com os caras grandes do mercado, que tinham marcas muito fortes, com milhares de agências e tal, mas eu consegui convencê-los que havia pouco risco nessa transformação”, afirma o executivo.

Em pouco tempo a decisão se mostrou extremamente acertada. O banco passou a ser referência em inovação no mercado.

Pouco tempo depois o Banco Inter lança a sua conta digital 100% gratuita, marcando a sua entrada no varejo bancário. Em poucos meses chegaram a 50 mil correntistas no país.

Um levantamento do aplicativo de finanças pessoais Guiabolso concluiu que o brasileiro gastou em média R$ 915 para com tarifas bancárias e anuidade de cartão de crédito só em 2019.

Com a visão de que essas taxas são um estorvo para o consumidor, o Banco Inter, assim como outras fintechs, decidiu combater essas tarifas.

Na fachada da sede do banco em Belo Horizonte há um painel eletrônico que contabiliza os valores economizados pelos clientes ao não pagarem as tarifas bancárias. 

E como não ganham dinheiro com taxas bancárias, as fintechs focam em comercializar diversos tipos de produtos financeiros juntamente com empresas parceiras.

Os produtos vão de crédito imobiliário ao seguro do carro, da operação de câmbio à recarga do celular.

Com operações enxutas, sem nenhuma agência física, a empresa se mantém com um custo baixíssimo em relação aos bancos tradicionais, que tiram grande parte do seu lucro das tarifas cobradas nos serviços bancários.

No segundo trimestre de 2018, o Banco Inter foi o primeiro banco digital a realizar o IPO, abrindo seu capital na Bolsa de Valores.