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A história de Jair Bolsonaro

Jair Bolsonaro é o presidente brasileiro desde 1º de janeiro de 2019. Tem  um passado como ex-militar de extrema direita, ele é abertamente e defensor de políticas nacionalistas, de extrema direita e populistas. Em agosto de 2019 ele foi acusado pela opinião pública mundial após uma onda de incêndios que atingiu a Amazônia. E, nos últimos anos, recebeu inúmeras críticas por ter lidado com a pandemia de Covid no país.

A carreira militar e política

Jair Messias Bolsonaro nasceu em 21 de março de 1955 em Campinas, interior do Estado de São Paulo, em família de origem italiana. Graduado pela Academia Militar das Agulhas Negras (principal academia militar do Brasil), atuou brevemente em unidades de paraquedismo do Exército. 

Seus oficiais superiores o descreveram como “ambicioso e agressivo”. Em 1988, após uma longa carreira militar, ingressou na política ao conquistar a cadeira de vereador no Rio de Janeiro. 

Em seguida, entrou na Câmara dos Deputados em 1991 e é membro do Partido Social Liberal, com o qual concorreu à liderança do país. Ele foi casado três vezes e tem 5 filhos. A atual esposa é Michelle de Paula Firmo Reinaldo. 

Enquanto trabalhava no Congresso, Michelle foi contratada como secretária e, nos dois anos seguintes, recebeu promoções incomuns e seu salário mais do que triplicou. Bolsonaro teve que demiti-la depois que o Supremo Tribunal Federal decidiu que o nepotismo era ilegal na administração pública.

A campanha eleitoral

Durante a campanha eleitoral para as eleições presidenciais, algumas de suas declarações geraram muita discussão. Por exemplo, aqueles que estão na “mão dura” na luta contra o crime. “Se um policial mata 20 bandidos, não o coloco sob investigação, dou uma medalha”, disse, propondo a abolição das regras que punem os policiais por excessos no desempenho de suas funções. 

E ainda: “A violência deve ser combatida com violência mais forte”. Polêmica também por suas falas contra as mulheres (ele pedia um salário menor para elas) ou pelos direitos das minorias (“Prefiro ter filho morto do que gay”). Bolsonaro conseguiu se tornar presidente também graças ao seu ativismo nas redes sociais: Arko Advice o apontou como o candidato mais popular da internet e entre Facebook, Twitter, YouTube e Instagram ele teria cerca de 8,5 milhões de apoiadores. 

Durante as campanhas eleitorais, um gesto com o polegar e o indicador da mão direita simulando uma arma – tornou-se popular entre seus apoiadores. Em 6 de setembro de 2018 ele foi esfaqueado durante um comício  na praça da cidade de Juiz de Fora. 

Nas eleições de 7 de outubro de 2018 em primeiro turno obteve 46% dos votos e foi às urnas com Fernando Haddad, do Partido dos Trabalhadores. No segundo turno, em 28 de outubro, obteve 55,13% dos votos válidos e foi eleito 38º presidente da República Federativa do Brasil. Ele assumiu o cargo em 1º de janeiro de 2019.

Jair Bolsonaro sob investigação por ataque ao sistema eleitoral

Bolsonaro afirmou repetidamente que aprecia a ditadura militar dos anos 1960 e 1980. No seu governo um papel de liderança foi reservado a Sérgio Moro e Paulo Guedes; o primeiro, promotor-chefe da investigação judicial Lava Jato que influenciou fortemente a política brasileira, foi nomeado ministro da Justiça, enquanto o segundo, criador da agenda econômica de Bolsonaro, assumiu o cargo de ministro da Economia. 

Moro foi posteriormente assolado por um escândalo que dizia respeito à própria investigação que o popularizou: na verdade, ele foi acusado de interferir na investigação e atuar como uma espécie de coordenador em diferentes fases, desempenhando uma função que não é permitida pelo sistema jurídico. Em 24 de abril de 2020, Moro renunciou ao cargo de Ministro da Justiça,

A política de Jair Bolsonaro

Imediatamente, o presidente brasileiro se alinhou com a política externa dos Estados Unidos: foi um dos primeiros a reconhecer Juan Guaidó como o chefe de Estado venezuelano. 

Assim que assumiu o cargo, promoveu ações com o objetivo de diminuir os direitos de homossexuais, bissexuais e transexuais. Em agosto de 2019, ele foi o protagonista de um confronto com organizações ambientais e  a opinião pública internacional  sobre a  emergência de incêndio na Amazônia: Bolsonaro atacou duramente as ONGs, definindo-as como os “principais suspeitos” como autores dos incêndios.

A gestão da pandemia

Após a eclosão da pandemia de Covid, a linha de Bolsonaro sempre foi minimizar e negar a gravidade da situação. A princípio ele chamou o vírus de fgripezinha”. Durante meses evitou impor medidas de distanciamento, obtendo críticas ferozes da oposição, também contrariando muitos governadores federais que no nível local haviam decidido implementar uma linha de contenção de infecções. 

Bolsonaro também demitiu o ministro da Saúde, Mandetta. Em julho de 2020, o presidente testou positivo para o coronavírus. Em outubro de 2021, uma Comissão de Inquérito do Parlamento Brasileiro (CPI) sobre a Pandemia de Covid aprovou as conclusões de uma investigação recomendando a acusação do presidente Jair Bolsonaro por nove crimes relacionados com a sua gestão da emergência, incluindo “crimes contra a humanidade”. Mais de 600 mil brasileiros morreram de Covid até o momento.

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