HomeNotícias3 Princípios Básicos Incompreendidos da Dívida

3 Princípios Básicos Incompreendidos da Dívida

A dívida é muitas vezes um tabu entre brasileiros. Poucas pessoas gostam de falar sobre suas finanças pessoais e menos ainda sobre suas dívidas. No entanto, existem princípios básicos que ainda são pouco compreendidos e que merecem ser esclarecidos.

1 – Levará anos para pagar seus cartões de crédito com pagamentos mínimos

Você está tendo problemas para pagar o saldo total do seu cartão de crédito? Você só faz o pagamento mínimo (3% do seu saldo) todo mês? Se assim for, você levará muito tempo para pagar suas dívidas e terá pago uma fortuna real em juros.

Por exemplo, se você deve R$ 10.000 em seus cartões de crédito e fizer apenas o pagamento mínimo, levará quase 25 anos para pagar tudo e terá pago mais de R$ 11.800 em juros.

Para o mesmo valor da dívida (R$ 10.000), se você fizer um pagamento fixo de R$ 250 por mês, levará 67 meses (5 anos e 7 meses) para pagar completamente o saldo. Durante esse período, você terá pago R$ 6.616,65 em juros.

2 – Às vezes, pagar dívida é melhor que economizar

Se você tiver um saldo alto em seus cartões de crédito, sua linha de crédito ou um empréstimo pessoal, é melhor pagá-lo o mais rápido possível, às vezes antes mesmo de começar a economizar.

Bons investimentos lhe trarão um retorno que varia de 3 a 8% ao ano, enquanto suas dívidas podem custar até 20%, ou até mais. Portanto, é melhor pagar suas dívidas com juros altos do que colocar seu dinheiro de lado em uma conta poupança.

Uma quantia de R$ 1.000 economizada com juros de 5% terá gerado um ganho de R$ 50 após um ano. Um saldo de R$ 1.000 em um cartão de crédito custará R$ 200 depois de um ano. A matemática é simples: é melhor pagar suas dívidas.

3. Existem dívidas boas e dívidas ruins

Nem todas as dívidas são criadas iguais. É normal ter certas dívidas enquanto outras devem ser evitadas. Entre as dívidas “recomendáveis” estão o crédito imobiliário, o crédito automóvel e, em alguns casos, a linha de crédito.

É normal querer ter acesso a um imóvel ou automóvel e não querer/poder esperar décadas para ter reservado a quantia necessária. É nesses casos que concordamos em pagar juros para ter acesso mais rápido a um bem. No entanto, este princípio não deve ser aplicado a muitas propriedades. Financiar móveis, eletrodomésticos, viagens e afins não é uma boa prática. Para esse tipo de compra é melhor economizar e esperar ter o valor total no bolso.

Por fim, quando contraímos uma dívida, ela é particularmente prejudicial se não respeitar nossa capacidade de fazer as mensalidades solicitadas. Essa dívida pode levá-lo a uma espiral de superendividamento.

Como saber se você está muito endividado? O primeiro passo é fazer seu orçamento e calcular seu índice de endividamento. Se seu índice de endividamento for superior a 30 ou 35%, significa que você ultrapassou o limite razoável de endividamento. Poucas instituições financeiras vão concordar em emprestar mais.

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