A 2ª Emissão do AFHI11 foi anunciada e com certeza elevou a régua média da indústria de fundos imobiliários, o fundo que nasceu em Março de 2021 completou um ano de existência e já chegou causando boas impressões na sua segunda emissão.
Qual foi o grande feito? O gestor arcou com os custos da emissão toda.
O pedaço do fato relevante que fala sobre é esse abaixo:
O mercado vem sofrendo com emissões ruins e caras desde 2019, é uma das maiores reclamações dos investidores nestes últimos anos.
E com razão, a coisa se tornou instável e descontrolada desde então.
Eu já comentei que sou a favor do gestor ganhar muito dinheiro, desde que seus cotistas estejam também ganhando muito dinheiro.
O movimento da 2ª Emissão do AFHI11 reacende um tema importante para a indústria, preços de emissão e possíveis movimentos para aproximar mais as projeções dos gestores e o retorno do cotista.
O que o AFHI11 ganha com essa 2ª emissão?
Com toda certeza a gestão do AFHI11 se movimentou desse jeito pensando no futuro, afinal falamos todos os dias aqui que investimento imobiliário não é algo da noite para o dia, os gestores mostraram que pensam da mesma forma.
Emitir nesse formato pode não trazer retorno para o gestor num primeiro momento, mas com certeza atrai holofotes importantes para o fundo e atrai novos possíveis investidores que acabam gostando do movimento.
O relatório gerencial do fundo não trás os custos mensais de gestão, mas pelo tamanho do fundo e pela taxa de ADM/Gestão conseguimos uma média.
O fundo atualmente paga 0,80% do valor patrimonial ao ano de gestão à AF Invest.
Isso dá R$1,3 milhões anual em um cálculo simples de padaria. (Não é um valor oficial)
Além disso o fundo recebe taxa de performance, nesse caso a gestão recebe mais uma renda.
Não temos como calcular quais seriam os custos de uma emissão sem saber os números reais, podemos usar outras emissões como base para uma média apenas.
Uma emissão pode custar algo entre R$1 e R$4 milhões para captações de R$300 milhões. Isso pegando outras emissões como exemplo.
Se usar R$1 milhão como base, a gestão deixou na mesa um ano do seu pagamento de gestão para conseguir passar a sua segunda emissão, mas como falei acima o jogo aqui seria mais de longo prazo do que imediato.
Realizando a segunda emissão o fundo cresce, aumenta seu patrimônio e consequentemente recebe mais taxa com isso. Além disso aumenta a liquidez e diminui o risco que ainda existe no fundo, risco de alta exposição em poucos ativos.
A data base da emissão foi dia 12/04 com fator de proporção de 40,59%.
O período de preferência inicia no dia 20.04 e está programado para ir até o dia 03.05.
O fator positivo da emissão é mostrar que se uma gestora pequena de um fundo pequeno conseguiu fazer isso, outras também conseguem.
Será que é viável e pode virar comum especialmente entre fundos pequenos e mais novos que precisam mostrar resultado?
Seria uma boa?
Ps.: Eu já fiz uma live com os gestores do fundo caso queira conhecer mais sobre.